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Como manter a sanidade mental em tempo de aulas?



Hoje trago-vos o terceiro e último post da rubrica de Regresso às Aulas - 2019 (podem consultar os outros dois aqui e aqui), no qual vos vou dar algumas dicas para manter a sanidade mental em tempo de aulas, algo que eu considero de extrema importância. Talvez estas dicas se apliquem mais à malta que vai entrar na faculdade ou que já está na faculdade - porque foi desde que entrei que comecei a sentir a minha sanidade mental a esvair-se -, mas considero que são úteis para todos aqueles que, em tempo de aulas, têm momentos em que acham que vão enlouquecer. Entendam: não estão sozinhos, I feel you!

Acho que, todos nós, já experienciámos uma fase, durante o período de aulas, em que achámos que estávamos a atingir o nosso limite. A primeira vez que me senti assim foi por altura do final do 11º ano, em que estava super esgotada e sentia-me quase deprimida; depois, mais ou menos a meio do 12ºano estive perto de me sentir assim também, porque andava metida em imensos projetos ao mesmo tempo e isso estava a consumir-me; e, mais recentemente, senti-me realmente prestes a atingir o meu limite da pouca sanidade mental que me restava no final do 2ºsemestre do 1ºano. Estava exausta física e psicologicamente, já nem dormia em condições, e isso estava realmente a afetar-me. Felizmente, depois vieram as férias e logo tudo isso passou. Contudo, depois de muito refletir, eu cheguei à conclusão que há algumas coisas que podemos ir fazendo, diariamente, para tentar evitar chegarmos a esse ponto de rutura com a nossa sanidade mental. Como? 

  • Dormir bem.
Eu sei que isto parece um daqueles clichés que os nossos pais passam o tempo todo a usar connosco, mas a verdade é que uma noite bem dormida, com um número de horas suficiente, faz imensa diferença não só na forma como nos sentimos fisicamente, mas também psicologicamente. Está mais que provado que o nosso cérebro funciona muito melhor quando descansamos um número de horas suficiente e sem sobressaltos. Há momentos em que nós achamos que dormir umas horas a menos para as poder dedicar ao estudo é mais produtivo, mas estamos errados. Nessas horas em que o nosso corpo já deveria estar a descansar, o nosso cérebro já não estará a assimilar nada e nós só ficaremos ainda mais cansados sem necessidade.



  • Arranjar momentos de descontração.
No meio de tantos testes/frequências, trabalhos, avaliações práticas, exames, eu sei que a última coisa em que pensamos é arranjar momentos para descontrair, porque na nossa cabeça só existe o monte de coisas infinito que temos para fazer e o facto de não sabermos como arranjar tempo para tudo. Contudo, é impossível que o estudo renda quando estamos horas seguidas fechados a ler e reler, escrever, praticar... Temos de ir fazendo pausas em que possamos levantar-nos, caminhar um pouco, descontrair. Nem que sejam dez minutos para ir à rua respirar um pouco de ar puro ou para comer qualquer coisa. É fundamental que essa pausa exista e, sempre que possível, que seja um bocadinho mais longa para podermos fazer algo de que gostemos e que nos deixe relaxados - ir dar um passeio à beira-mar, ler livro, ver um filme ou um episódio de uma série... Isso é importante e saudável!


  • Não descurar a vida familiar e social.
Quando a época de avaliações chega, o mais comum é nós isolarmo-nos dos outros para entrarmos na nossa bolha de estudo e de concentração. Deixamos de sair, de passar tanto tempo com os nossos amigos e a nossa família, quando deviamos fazer exatamente o contrário. É importante que, mesmo quando as alturas de maior stress chegam, nós continuemos a passar tempo com os nossos amigos e a nossa família para que consigamos, por alguns momentos, abstrairmo-nos de todo o stress. Esse tempo longe dos apontamentos vai relaxar-nos e dar-nos mais energia para quando tivermos de voltar à luta.


  • Relativizar as coisas.
Este é talvez, de todos estas dicas que vos estou a dar, aquela que tenho mais dificuldade em realizar. A minha tendência - e acredito que seja a da maioria das pessoas - é fazer de tudo um bicho de sete cabeças. Preocupo-me demasiado com tudo, acho que é tudo muito difícil para mim, que não vou ser capaz... Faço um drama de tudo, basicamente, quando devia fazer o contrário: desdramatizar, relativizar as coisas e olhar para elas como um problema facilmente solucionável. Tudo se torna mais simples se nós olharmos para as coisas dessa forma, eu acredito nisto. Acredito que as coisas são aquilo que nós fazemos delas, portanto se olharmos para elas como se fosse a coisa mais difícil do mundo, é isso que ela será para nós. O meu conselho (para mim própria, inclusive) é começar a ver o copo meio cheio, a tirar o que é mau e a olhar para o lado bom e simples, perceber que a dificuldade é uma questão relativa e que as barreiras somos nós que as impomos.

  • Motiva-te.
Por vezes, é extremamente difícil sentirmo-nos motivados no meio do caos que se torna a nossa vida. Justamente quando o stress chega e tudo fica mais complicado, é quando nós nos sentimos mais desanimados e motivados. Cabe-nos a nós contrariar isso e motivarmo-nos a nós próprios. E como? Podemos oferecer recompensas a nós mesmos por determinada tarefa que completamos, podemos procurar motivação e inspirações noutras pessoas (contas de Instagram ou do Pinterest, por exemplo), podemos adotar novos métodos que nos façam sentir mais motivados... Cabe-nos a nós perceber o que melhor funciona connosco e adotar esse comportamento!


Ao contrário do que, muitas vezes, nos querem fazer acreditar, a vida de estudante não é fácil. Enfrentamos muitos momentos complicados, de stress e ansiedade, cansaço fisico e psicológico, com os quais não estamos preparados para lidar e, em algumas situações, isso pode originar casos graves e complicados. É muito importante irmos tentando aliviar essas situações de stress e tentando atenuá-las, contrabalançando-as com momentos de lazer e diversão. 

Espero que este ano letivo corra muito bem a todos nós! Muita força e motivação, malta. Vamos a 
isto!

Nota: as fotografias cujos créditos não são apresentados são retiradas do site Pixabay.


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