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Também é preciso gostarmos da nossa personalidade


Nos últimos anos, tem-se tornado muito mais comum falar-se de amor-próprio, de autoconfiança, de autoestima… E ainda bem! Era um assunto que precisava de ser abordado porque, infelizmente, há muita gente que passa horrores porque não consegue aceitar-se tal como é e para que isso aconteça é preciso percorrer-se um longo caminho. O facto de estes temas se terem tornado mais banais fez com que as pessoas começassem a perceber a importância que tem amarmo-nos e também fez com que a nossa sociedade começasse a perceber que falta de autoconfiança e de amor-próprio eram (e são) a base de muitos problemas com que lidamos diariamente.

Agora que o amor-próprio deixou de ser tabu, que se começa a falar que temos de aceitar todos os corpos e de nos amar da forma que somos, eu acho que há uma coisinha que fica por falar no meio disto tudo. A falta de amor-próprio e de autoconfiança nem sempre advém do facto de não se gostar do aspeto exterior. Talvez venha também do facto de não sermos capazes de aceitar a nossa personalidade, de acharmos que os outros não gostam da pessoa que nós somos. E esse lado da moeda, eu acho que não é falado o suficiente.

Como todas as mulheres, tenho dias em que não me sinto tão bem com o meu corpo, em que acho que há coisas que tenho de mudar para ser capaz de me sentir bem e confortável. Contudo, apesar desses dias mais complicados, nunca me achei uma pessoa complexada com o corpo ou com falta de confiança por causa disso. Por outro lado, acho que a minha personalidade já me causou mais “desconforto” e mais falta de confiança. Penso demasiado sobre tudo, é assim que eu sou, e isso faz com que eu me questione demais sobre o que é que as pessoas pensam de mim e daquilo que eu realmente sou. Será que gostam da minha personalidade ou será que fingem apenas? Tem dias em que eu sou capaz de me pôr a analisar as minhas atitudes ao milésimo de segundo e a pensar que se calhar não devia ter dito isto ou aquilo porque x ou y não deve ter achado piada. Acho que também é este medo de que as pessoas não gostem da pessoa que eu realmente sou que me faz, por vezes, não ter tanto à vontade para meter conversa com as pessoas ou que me faz ser mais tímida nalguns momentos.



Isto é real, isto acontece e é preciso que seja falado também. Acho que não sou a única pessoa que se sente assim. Acho que há mais pessoas como eu. É ótimo que já se fale tão abertamente de aceitarmos o nosso aspeto exterior e isso é um enorme passo, mas… Vamos agora falar de aceitar personalidades? De como a personalidade de alguém e o medo de que não gostem dela condiciona alguns aspetos da vida dessa pessoa?




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