Hey, hey! Tudo bem desse lado?
Hoje venho falar-vos de uma série
que eu acompanho há imenso tempo e que considero como a minha favorita de todos
os tempos: Anatomia de Grey. Esta é
uma série que dura há já treze anos e que conta com catorze temporadas, recheadas
de acontecimentos inesperados, mortes de personagens queridas (ups!, spoiler) e muitas reflexões importantes
para os seus fãs e para todas as pessoas que em algum momento viram um
episódio.
Num dos episódios mais recentes,
intitulado Personal Jesus, entre
outros acontecimentos, somos confrontados com a chegada de um menino de treze
anos (se não estou em erro) ao hospital, com um ferimento de bala no pescoço.
Ora bem, tratava-se de um menino de pele mais escura que tinha sido visto a
entrar pela janela de uma casa situada numa urbanização pertencente a famílias
de alta classe social. Qual foi a primeira reação da polícia ao presenciar
aquela situação? Atirar nele porque, devido à cor da sua pele e àquilo que
estava a fazer, só poderia estar a assaltar uma casa. Acontece que a situação
estava bem longe de ser essa. Na verdade, aquele menino apenas se tinha
esquecido da chave da casa e sabia que a janela estaria aberta, por isso
poderia entrar por lá. Contudo, uma ida pacífica para casa transformou-se numa
ida para o hospital, algemado, que culminou na sua morte.
Esta série passa-se nos
Estados Unidos e todos nós sabemos bem como o racismo lá é algo bem presente e
que mata muitas pessoas por ano. Neste caso, tratava-se de um pré-adolescente
que só queria ir para casa. Sim, eu sei que isto é meramente uma série, mas
será que está assim tão longe da realidade? Depois de ver o episódio, não
consegui descolar deste pensamento porque sou uma cidadã consciente, na minha
opinião, e sei que esta situação não está longe da realidade de muitos países.
Talvez em Portugal não se chegue
tão longe, mas é óbvio que ainda há racismo. Ainda há preconceitos e estigmas
estúpidos que não têm razão de ser. Quantas vidas terão de ser tiradas para que
se acabe com estas loucuras? Quantas revoltas serão necessárias? A cor da pele
é apenas um fator diferenciador, mas há tantos fatores que nos aproximam uns
dos outros… Porquê ligar a um pequeno pormenor que só nos torna ainda mais
únicos e especiais?
São dúvidas que me assombram de
vez em quando e que me fazem perceber que tenho o bichinho de mudar um pouco do
mundo dentro de mim. Se o tivéssemos todos seria tão difícil assim tornar o
mundo num sítio melhor?
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