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É tudo uma questão de amor próprio




Hoje em dia, na nossa sociedade, uma das coisas mais comuns é o uso (e o abuso) de máscaras sociais. E o que são essas tal máscaras sociais? Máscaras sociais são as personagens que cada um de nós cria conforme os ambientes da nossa vida onde estamos.

Esta questão de fingirmos ser diferentes de quem realmente somos num determinado momento e ambiente da nossa vida não é algo mau, pelo menos, não totalmente. São as máscaras sociais que nos permitem integrarmo-nos, muitas vezes, e termos uma melhor adaptação social. São essas mesmas máscaras que nos permitem defender-nos de pessoas ou de situações que não nos agradam, que nos fazem sentir desconfortáveis. E, até aqui, parece tudo bem.

Contudo, como se diz popularmente, tudo o que é demais, enjoa. O uso destas “personagens” pelas pessoas não é benéfico, nem para as próprias nem para quem as rodeia. Pessoas que se habituam ao uso destas máscaras, criam alguém diferente de si próprios apenas para agradar aos outros e acabam por esquecer-se de quem são, daquilo que gostam. Na maioria das vezes, estas são pessoas com falta de amor próprio e com medo da rejeição e daquilo que os outros possam pensar delas e, por isso, usam estas máscaras sociais para serem aceites. E isto não teria nada de mal se não fosse algo recorrente que acaba por magoar as próprias pessoas que as usam.

Mas, por outro lado, o uso destas máscaras pode também causar danos nas outras pessoas. Quando queremos conhecer alguém porque julgamos que gostamos dessa pessoa pelo que nos mostrou até à data, não sabemos se está a usar uma máscara social ou não e, como tal, não sabemos se vamos apanhar uma desilusão quando, efetivamente conhecemos as pessoas. Quantas vezes não nos deparámos com alguém com quem julgávamos que poderíamos ter uma ótima amizade e, na verdade, depois descobrimos que esse alguém não é quem nós pensávamos? Muitas, não? E isso magoa-nos, porque criámos expetativas erradas sobre alguém que nos parecia ser uma coisa e era, na verdade, outra.

Portanto, aqui fica a minha sincera opinião: sejam vocês próprios, sempre e onde quer que seja. É claro que, ao primeiro impacto em ambientes estranhos, não conseguimos dar o total daquilo que somos aos outros, mas não vale a pena criarmos máscaras que nada têm a ver connosco, porque podemos habituarmo-nos a isso e acabar por magoar não só os outros, mas por nos magoar também a nós próprios.


A vida é demasiado curta para fingirmos sermos quem não somos. Nem toda a gente tem de gostar de nós, mas todos têm de nos respeitar tal como somos – incluindo nós mesmos. No final de contas, é tudo uma questão de amor próprio. Amem-se e irão ver que é muito mais simples sermos amados pelos outros se nos amarmos também.

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