Na última semana de julho, parti rumo a uma pequena aldeia no interior do nosso país para lá ficar durante sete dias, sem telemóvel ou internet, apenas a criar laços e ligar-me mais ao meu lado espiritual. Fui para um campo de férias católico, do Secretariado da Pastoral Juvenil de Coimbra, que já tinha feito há dois anos e que me tinha dado vontade de entrar nos escuteiros, tendo agora um tema diferente e sendo também num sítio diferente. Assim sendo, fui a achar que já sabia mais ou menos como iria ser e que me iria divertir, mas não surpreender. Enganei-me redondamente. Saí de lá com vontade de ficar, com o coração cheio e com todas as minhas expetativas grandemente superadas.
À semelhança do que aconteceu há dois anos, conheci pessoas absolutamente incríveis e, desta vez, tive a oportunidade de reencontrar outras que já conhecia e que não via há imenso tempo. Fiz coisas espetaculares e aprendi imenso, enquanto pessoa. É nos momentos em que apenas temos o contacto com os outros, sem barreiras como os telemóveis ou a Internet ou outras coisas acessórias, que crescemos enquanto jovens e cidadãos do mundo em que vivemos. É nestes momentos que nos conhecemos melhor a nós próprios e que nos apercebemos do quão pequeninos somos quando comparados com o mundo que nos rodeia.
Neste campo, eu pude também ligar-me mais à espiritualidade. Isso também tinha acontecido no outro campo de férias, mas não de forma tão intensa como aconteceu este ano. Talvez assim tenha sido porque sou uma pessoa com uma maturidade diferente daquela que tinha em 2015 e porque já vivi e aprendi outras coisas. Eu amadureci e esse amadurecimento permitiu-me viver todos os momentos de forma muito mais intensa e profunda. Esse amadurecimento e este campo de férias fizeram-me ultrapassar a minha crise de fé, que se instalou em mim há já algum tempo, e fizeram-me voltar a acreditar. Eu senti-me cem por cento conectada com tudo e todos ao meu redor, comigo mesma e, acima de tudo, com Ele. E acreditem que eu adorava poder-vos explicar tudo o que senti e sinto, mas não é possível. Quando se sente algo tão intenso como senti durante aquela semana, não há palavras que lhe façam jus.
Tudo o que vos posso dizer é que às vezes as respostas que precisamos estão mesmo ao nosso lado e nós apenas nos recusamos a aceitá-las. A fé é uma ótima resposta para muitas das nossas dúvidas, mesmo que tenhamos dúvidas sobre ela própria. Às vezes, temos de ter algo a que nos agarrarmos e se há alguém que nunca nos largará, mesmo que fujamos, é Deus. Ele estará lá, sempre, e nós só precisamos de o sentir. Eu senti-o, nesta semana.
Senti-O de todas as vezes em que unimos as nossas mãos durante uma oração; senti-O sempre que cantámos juntos; senti-O quando vi o pôr e o nascer do sol num dos sítios mais bonitos que já contemplei; senti-O quando observei um céu repleto de estrelas que não se vêem na cidade; senti-O quando a brisa fresca e a água do rio me banharam o corpo e a cara; senti-O em todos os abraços e sorrisos trocados. E sinto-O agora, porque saí de lá de fé renovada e com a certeza de Ele existe e nunca me abandonará, mesmo que eu o faça.
Obrigada a todos os que tornaram esta experiência possível e tão incrível. Levo todos e cada um no meu coração.
Adorei ler este post, minha linda!
ResponderEliminarBeijinhos. Há Giveaway a decorrer no blog! Participa!
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Muito obrigada, minha querida!
EliminarUm grande beijinho para ti.
Adorei ler acerca desta tua experiência. Deve ter sido realmente incrível! :)
ResponderEliminarIdentifiquei-me bastante quando dizes que renovaste a tua fé, tendo acabado com a crise da mesma, porque, como deves saber, aconteceu o mesmo comigo muito recentemente.
Beijinho grande.
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Sim, eu sei, e, acredites ou não, lembrei-me bastante de ti enquanto escrevia isto. :)
EliminarObrigada e um grande beijinho!