“- Sabias
que, praticamente ao longo de toda a história da espécie humana, a esperança de
vida média era inferior a 30 anos? Dava para contar uns 10 anos de vida adulta,
certo? Não havia planeamento de reforma. Não havia planeamento de carreira. Não
havia planeamento. Não havia tempo para planeamentos. Não havia tempo para o
futuro. Mas depois a esperança de vida começou a aumentar, e as pessoas
começaram a ter cada vez mais futuro, e por isso começaram a pensar cada vez
mais nele. A pensar no futuro. E agora a vida passou a ser o futuro. Todos os
momentos da nossa vida são vividos em função do futuro… Vamos para o secundário
para podermos ir para a faculdade, para podermos arranjar um bom trabalho para
podermos arranjar uma boa casa, para podermos mandar os nossos filhos para a
faculdade, para eles poderem arranjar uma boa casa, para poderem mandar os
filhos deles para a faculdade.” – John Green, Cidades de Papel
É esta a
realidade. Tudo hoje é feito, é vivido em função de um futuro. Um futuro que
nem sabemos como será ou se existirá. Podemos morrer hoje, daqui a 5 minutos,
daqui a umas horas. Podemos morrer amanhã. Ou podemos morrer só daqui a 50
anos. Não sabemos, não conhecemos o futuro, não sabemos como será. Mas sabemos
que há presente e sabemos como ele é. É tudo aquilo que vivemos hoje, agora,
neste instante. Então para quê planear coisas para o futuro, quando o presente
está mesmo aqui e nos está a escapar por entre os dedos? Vive o hoje e adia o
amanhã. Não sabes como será. Não sabes se existirá. Aproveita este instante,
daqui a dois segundos não será mais este instante mais sim outro qualquer. Não
desperdices o teu tempo com coisas que não são mais do que hipóteses de um
futuro que queremos, que planeamos… É planeamento a mais.
O hoje está aqui agora. O amanhã é só daqui a algumas horas.
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