Rotundas, estradas que parecem
não ter fim, becos sem saída. É a isto que a vida se resume. Longas caminhadas
que parecem intermináveis e que achamos que nunca nos hão de levar a lado
algum. Mas eu acredito que, no final da estrada, estará alguém há nossa espera
para nos dizer se percorremos o caminho certo ou não. No fim, há de haver
alguma coisa que faça tudo o resto valer a pena.
Já me questionei várias vezes e em diversas ocasiões sobre a época em que nasci, sobre as pessoas da minha geração e aquilo que temos em comum. Sempre que o faço concluo que devia ter nascido noutra época porque sei que penso de forma diferente da grande maioria das pessoas da minha idade. Não ouço a mesma música, não vejo os mesmos filmes nem séries, não desprezo o que é nacional, não abomino a escrita ou a leitura e até gosto de estudar, bem como não finjo ser o que não sou para agradar aos outros (apesar de às vezes achar que é melhor não dizer uma determinada coisa porque o meu ponto de vista não vai ser compreendido). Resumidamente, não estou a dizer que sou uma incompreendida – porque não sou – nem estou a dizer que sou uma alternativa – porque também não o sou – mas sei que sou um bocadinho diferente da generalidade da minha geração. Sempre gostei imenso de ler e de escrever, ouço quase todo o tipo de música e considero-me uma pessoa patriótica – e com isto não quero apena
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