Avançar para o conteúdo principal

De alguém que pertenceu ao teu passado



Lembro-me de quando o meu mundo, os meus pensamentos e os meus sentimentos giravam em torno de ti. Fazia de tudo para chamar à tua atenção, para te agradar, só para que notasses em mim. Era uma parva desesperadamente apaixonada, a sonhar com um conto de fadas que talvez nunca tenha existido.

Lembro-me de amplificar todos os gestos e sentimentos relativos a ti. Qualquer coisa que acontecesse – um olhar, um sorriso, um toque -, para mim, era algo do outro mundo. Ridículo, mais uma vez. Talvez tu tenhas sido sempre mais para mim do que eu alguma vez fui para ti. 

Hoje, quando passas por mim, ainda mexes comigo – não posso negar isso. Mesmo que já não te ame, não me és indiferente e eu sei que nunca o serás. Foste o primeiro rapaz de quem gostei de verdade e isso vai deixar marcas em mim para sempre. Contudo, eu sei que, para ti, eu sou só outra pessoa que passou pela tua vida. Sou mais outra pessoa que se cruza contigo nos corredores. É como se já não me conhecesses ou tivesses ficado com amnésia quanto a nós. E isso irrita-me, deixa-me frustrada. Porra, tu disseste que estava tudo resolvido e que querias que fôssemos amigos! Agora mudaste de opinião? Não entendo; não te entendo.

Seja como for, já não quero saber. Vou fazer aquilo que já devia ter feito há muito tempo: seguir em frente e nunca mais olhar para trás – sempre que o faço, só me magoo. Acabou! Chega! Não posso fazer isto a mim mesma, não posso permanecer sempre no mesmo ciclo, a sofrer por quem não (se) importa. Já desperdicei demasiado do meu precioso tempo. Acabou!

Vou ser feliz, acho que mereço. Quanto a ti… Desejo que sejas feliz, também. Não tenho nada contra ti e não quero que sejas uma pessoa infeliz. Acho que também não o mereces, apesar de tudo.

Que tenhas uma boa vida.

(De alguém que pertenceu ao teu passado)


Comentários

  1. gostei muito do texto :D
    Respondi à tag que me nomeaste, espero que gostes das respostas :D
    Beijinhos

    girlyworld4girls.blogspot.pt

    ResponderEliminar
  2. Gostei muito do texto!
    Só nos devemos preocupar com quem merece e por quem gosta realmente de nós.

    beijinho,
    - Miss Grace -

    ResponderEliminar
  3. É isso mesmo! O problema é que às vezes deixamo-nos cegar pelo que sentimentos e só nos apercebemos das coisas um bocadinho mais tarde.

    Muito obrigada,
    Beijinho

    ResponderEliminar

Enviar um comentário

Mensagens populares deste blogue

1986 | Série da RTP

Já me questionei várias vezes e em diversas ocasiões sobre a época em que nasci, sobre as pessoas da minha geração e aquilo que temos em comum. Sempre que o faço concluo que devia ter nascido noutra época porque sei que penso de forma diferente da grande maioria das pessoas da minha idade. Não ouço a mesma música, não vejo os mesmos filmes nem séries, não desprezo o que é nacional, não abomino a escrita ou a leitura e até gosto de estudar, bem como não finjo ser o que não sou para agradar aos outros (apesar de às vezes achar que é melhor não dizer uma determinada coisa porque o meu ponto de vista não vai ser compreendido). Resumidamente, não estou a dizer que sou uma incompreendida – porque não sou – nem estou a dizer que sou uma alternativa – porque também não o sou – mas sei que sou um bocadinho diferente da generalidade da minha geração. Sempre gostei imenso de ler e de escrever, ouço quase todo o tipo de música e considero-me uma pessoa patriótica – e com isto não quero apena

5 coisas que me irritam

Olá, olá! Como está a ser esse início de um novo ano letivo, dreamers ? O meu está a ser muito preenchido, daí a minha pouca frequência por estes lados. Apesar do meu horário me dar algum tempo livre, estas duas semanas que passaram foram bastante ocupadas e a partir de agora não vai melhorar, porque vão começar a acumular as coisas para estudar e fazer. Seja como for, vou tentar aparecer por aqui com alguma regularidade, nem que seja com um post  por mês. No Instagram do blogue, vou tentar ser mais ativa e ir fazendo algumas publicações relacionadas com organização, dicas de estudo e assim. Parece-vos bem? Vamos agora passar ao que interessa! Todos nós temos uma "lista" de coisas que nos irritam profundamente, que causam aquela comichãozinha pelo corpo todo que nos entorpece e quase nos faz soltar uns belos palavrões em alto e bom som para todos ouvirem. Não neguem, todos já sentimos isso pelo menos uma vez.  Assim, no post  de hoje, eu partilho convosco o

"A Todos os Rapazes que Amei" | Review

Olá, olá! Adivinhem quem já está de férias? Exatamente, eu mesma! Por isso, podem-se preparar para que comecem a sair posts  com mais regularidade aqui pelo blogue. Durante o tempo de aulas é praticamente escusado tentar ler porque não consigo - não tenho praticamente tempo nenhum livre e, naquele que tenho, acabo por estar sempre tão cansada que não me apetece ler. Por isso, assim que entrei de férias, a primeira coisa que fiz foi colocar a leitura em dia. Acabei um livro que tinha pendurado há uns meses e iniciei A Todos os Rapazes que Amei , que estava pendurado na prateleira há uns meses à espera que eu lhe pegasse. Vamos lá começar esta review ? Ficha Técnica: Título:   A Todos os Rapazes que Amei (em inglês, To All The Boys I've Loved Before) Autora:  Jenny Han Género:  Romance Data de Lançamento:  Novembro de 2014 Sinopse: «Guardo as minhas cartas numa caixa de chapéu verde-azulada que a minha mãe me trouxe de uma loja de antiguidades da Baixa. Não são