Fez ontem um mês que realizei um dos meus maiores
sonhos, que fiz aquela que sempre considerei a viagem da minha vida. Lembro-me
muito claramente de toda a ansiedade dentro de mim. Sempre me tentei mostrar
calma, mas dentro de mim estava tudo em permanente agitação. Quando acordei e
percebi que eram horas de ir para a escola para apanhar o autocarro que nos
levaria ao aeroporto, não raciocinei logo o que estava a acontecer e que aquilo estava mesmo a acontecer. Na viagem até Lisboa todos tínhamos dito que
íamos dormir, mas isso foi um verdadeiro falhanço: estávamos todos demasiado
entusiasmados para o fazer, pelo que ouvíamos música, conversávamos e até
fechávamos os olhos numa tentativa (falhada) de descansar, mas nunca dormimos –
acho que tínhamos medo de perder alguma coisa, talvez. Todo o processo no
aeroporto parecia acontecer rapidamente, o que
foi bom, mas a viagem de avião foi dolorosamente lenta. Lá fechei os olhos
durante os minutitos, mas ainda assim parecia que nunca mais chegávamos. Mas
acabámos por aterrar e chegar ao nosso destino. Acho que o entusiasmo era tanto
que foi difícil controlarmos tudo aquilo que queríamos dizer uns aos outros. A
partir daí, passámos por um processo de interiorização: estávamos todos ainda a
raciocinar que era real, que estávamos mesmo em Londres. A viagem até ao hotel
pareceu outra eternidade, devido a todo o trânsito com o qual nos cruzámos, mas
depois de chegarmos tudo foi incrível. O cansaço era evidente, no fim do dia já
nem com as pernas podíamos, mas eu posso garantir que valeu a pena. Esse dia e
todos os outros. Tudo valeu a pena.
Tantas vezes achei que aquela
viagem não ia acontecer, que iria haver um contratempo qualquer no meio que a
iria impedir, mas a verdade é que aconteceu mesmo e agora, volvido um mês, eu
ainda nem consigo acreditar. Foi tão bom e passou tão rápido que nem sou capaz
de processar que aconteceu mesmo – que já passou toda a espera, que já fui, já
visitei tudo e já voltei.
Se me dessem oportunidade,
voltava já. Voltava a querer perder-me naquelas ruas ladeadas de casas tão
tipicamente britânicas, voltava a visitar cada sítio. Podia ouvir o sotaque british todos os dias, pronunciar sorry, excuse me e please
quantas vezes quanto fossem necessárias. Eu só queria voltar. Fui tão feliz
ali! Quase que me conseguia imaginar como parte daquela cidade, daquele país,
pude mesmo pensar que era capaz de construir uma vida ali.
Posto isto, quero só agradecer a
todos aqueles que tornaram a realização deste sonho em algo possível e quero
agradecer também aos que partilharam estes dias maravilhosos comigo. Muito
obrigada!
I’ll see you soon, dear London! ;)
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