Rock in Rio 2018: a minha experiência

Há experiências na nossa vida que são únicas e que, inevitavelmente, deixam em nós marcas e memórias que guardaremos para sempre. Estes quatro dias de Rock in Rio incluem-se nesse lote de experiências pelo facto de terem sido uma daquelas coisas que só acontecem uma vez na vida (devido às circunstâncias em que esta oportunidade me foi dada) e pelo facto de ter sido a minha primeira vez neste festival. 

Esta oportunidade incrível foi-me dada pela vitória do concurso de dança Yorn Dancers do meu grupo de dança, Triple DC, e por isso ganhou logo um gosto especial. Poder partilhar esta experiência com as minhas amigas, as pessoas com quem trabalhei arduamente para podermos ganhar, tornou tudo ainda melhor e mais gratificante e posso já aqui agradecer a todas elas, em especial à nossa treinadora, por terem partilhado esta experiência comigo e a terem tornado ainda melhor. 

Então, e como foi dançar num dos palcos do Rock in Rio? I-N-C-R-Í-V-E-L.

Não arranjo outra palavra que descreva a sensação tão bem como esta. É fantástico poder estar em cima de um palco que faz parte do melhor/maior festival em Portugal, a saber que fomos escolhidas para lá estar. Foi maravilhoso poder mostrar o nosso trabalho e receber os aplausos e o entusiasmo daqueles que nos estavam a ver. Muito obrigado àqueles que despenderam de alguns minutos para nos ver e para nos aplaudir - fizeram com que cada segundo em cima daquele palco valesse a pena, apesar de todo o cansaço. 

Dançar no Yorn Street Dance não só nos deu oportunidade de divulgar o nosso nome e o nosso trabalho, como também nos permitiu conhecer pessoas fantásticas do mundo da dança que nos acolheram com muito carinho. Obrigada a todos aqueles com quem partilhámos palco e camarins pela simpatia e pela forma como nos receberam. Um agradecimento enorme também ao staff do palco Yorn Street Dance pelo apoio e pela simpatia com que nos acolheram e como nos trataram. 

E já que falei no staff deste palco, aproveito para fazer uma referência a todas as pessoas com quem me cruzei que estão envolvidas de algum modo na produção e na realização deste enorme festival. Foram todas extremamente simpáticas, apresentaram-se sempre com um bom humor incrível que contagiava toda a gente e que sempre nos fizeram sentir bem recebidas. Na minha opinião, é de louvar que um festival desta dimensão seja composto por pessoas tão boas, tão humanas e de tal simpatia. 

Falando agora do resto do festival...

O Rock in Rio é um mundo, aparte da realidade. E quando vos digo que é um mundo é em todos os sentidos! Primeiro, o espaço é enorme - tão grande que acho impossível apreciá-lo como deve ser num só dia e acho mesmo que, estando eu nos quatro dias, nem fui capaz de absorver tudo como deveria. Depois, há uma enorme diversidade de entretenimento (além do palco Mundo há, como já referi, o palco Yorn Street Dance, o Super Bock Digital Stage e o Music Valley), de coisas para ver e para fazer (roda gigante, slide, escalada, etc). Há coisas para todos os gostos! Por fim, acho também muito interessante o facto de haver sempre pessoas a oferecer coisas que até se revelaram muito úteis (chapéus, mochilas, cremes, protetor solar, etc).

Apesar de ter estado nos quatro dias, o dia 30 foi o único em que vi dois concertos do início ao fim - dois dos que mais queria ver, sendo que queria muito ter visto o da Demi Lovato e o do Bruno Mars, mas não o pude fazer devido ao facto de ter exame no dia seguinte - e por isso é a esse que me vou referir no que toca à minha experiência nos concertos.

Primeiro que tudo, fiquei surpreendida pelo facto de, apesar de estar imensa gente a assistir, ter conseguido arranjar um lugar razoavelmente bom para ver os concertos e por ter algum "espaço de manobra". Depois, é de referir que adorei os dois concertos a que assisti - o da Jessie J e o da Katy Perry -, apesar de serem muito diferentes um do outro. O primeiro (Jessie J) foi um concerto muito intimista e emocional; o segundo (Katy Perry) foi um espetáculo na verdadeira aceção da palavra, pois havia imensa cor, imenso movimento, muitos elementos surpresa e muita excentricidade. 

Confesso que o meu concerto preferido foi o da Jessie J, não só por ser, das duas, a minha favorita e aquela que mais acompanho, mas porque me tocou muito. Na minha opinião, a Jessie J revelou-se uma grande cantora (que eu já sabia que era, mas que se mostrou tão boa como em estúdio - ou até melhor) e uma enorme mulher, verdadeiramente inspiradora. Foi capaz de transmitir boas mensagens à assistência, coisas que realmente importam mas a que nem sempre damos o verdadeiro valor. Foi realmente emocionante e eu tenho de confessar que me levou às lágrimas. O meu sincero agradecimento a esta artista fabulosa pelo concerto que me proporcionou! Saí de lá a gostar ainda mais dela do que já gostava e acho que não é qualquer artista que tem esse dom.

Quanto ao concerto da Katy Perry, acho que foi muito bom, ajudou a divertir e a descomprimir e teve toda a vertente de espetáculo excêntrico que tanto lhe é associada. Fiquei surpreendida pelo facto de a voz da Katy ser tão boa ao vivo (confesso que achava que ia ser um grande fracasso) e só acho que faltou um bocadinho mais de comunicação com o público. Como já disse, gostei muito de assistir e diverti-me muito ao recordar todas aquelas músicas que fizeram parte do meu crescimento e de que nem sabia que ainda me lembrava das letras.

A noite de dia 30 fechou com mais uma belíssima sessão de fogo de artifício, fechando assim esta edição do Rock in Rio Lisboa. Como balanço final, só posso dizer que adorei completamente esta experiência e que a vou recordar para sempre. Vivi momentos fantásticos e diverti-me imenso. Fiquei rendida a todo o ambiente festivaleiro, às multidões que fazem filas em tudo quanto é sítio, que cantam e saltam juntas durante os concertos. Quero voltar. Tenho de voltar.

 

Obrigada a todos aqueles que tornaram isto possível.