Não sou uma expert em literatura, muito menos em humor. Contudo, considero-me culta o suficiente para dar a minha opinião acerca de um cronista/escritor e humorista, conhecendo minimamente o seu trabalho. E hoje é do Ricardo Araújo Pereiro que vos venho falar.
Este ano, li o livro A doença, o sofrimento e a morte entram num bar escrito por este humorista de 42 anos. O livro é, como o próprio Ricardo Araújo Pereira diz, “uma espécie de manual de escrita humorística”, no qual o autor procura mostrar que o humor não é uma parvoíce mas sim algo bastante respeitável. É óbvio que cada palavra deste livro está repleta de ironia e de um humor bastante inteligente, que, na minha opinião, é tão característico de Ricardo Araújo Pereira.

Desde pequena que cresci a ver o Ricardo Araújo Pereira na televisão, na altura nos Gato Fedorento, a fazer rir o público português e, sendo demasiado nova para o perceber totalmente, sempre gostei imenso dele. Hoje, um bocadinho mais velha e mais madura, continuo a gostar bastante de Ricardo Araújo Pereira e achá-lo um dos melhores – senão o melhor – humoristas de Portugal. (Digo isto sabendo que muita gente discorda, mas é simplesmente a minha opinião e acho que a posso partilhar com vocês.)
Além de um brilhante humorista, é um escritor que nos consegue levar tão facilmente nas suas palavras, que são tão ligeiras e engraçadas. Descobri isso neste livro – o primeiro livro que li dele – tal como descobri que é um homem com uma cultura extrema, daí a inteligência implícita no seu tipo de humor.
Não há muito mais que eu possa dizer por aqui, uma vez que, como disse no início desta publicação, não sou uma expert em literatura, muito menos em humor. Contudo, tudo o que posso dizer é que lamento a falta de relevo que o humor tem neste país, que lamento a falta de programas televisivos de humor (e a abundância de reality shows, mas isto dava outra publicação) e que Portugal precisa de mais pessoas como o Ricardo Araújo Pereira e tantos outros bons humoristas que andam por aí – Portugal precisa de pessoas cultas, que não se levem a si próprios demasiado a sério e que encarem este mundo (miserável) de uma forma bem mais divertida do que é na realidade.
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