Harry Potter - Always

Até há cerca de um ano atrás, eu era uma daquelas pessoas que dizia que odiava Harry Potter, mas que nunca tinha visto um filme completo. Sim, eu era uma muggle ignorante perdida no mundo real. Felizmente, tenho amigas espetaculares que me abrem os olhos para estas coisas boas da vida e que me mostram como Hogwarts é a escola de sonho de qualquer feiticeiro.

Um dia após a morte do grande Alan Rickman, que interpreta Severus Snape na saga, eu finalmente ganhei coragem para ver o último filme da saga. Sim, eu sei que uma pessoa normal já o teria visto há imenso tempo, mas eu tenho um grande defeito que se chama: odiar dizer adeus, a pessoas, a coisas, a filmes e séries. (Estranha, eu sei.) A verdade é que a ideia de que já não há mais nada de novo para ver a seguir, que a história daquelas personagens acabou, deixa-me bastante triste e nostálgica. Mas eu lá ganhei coragem para ver o filme. E concluí algo de que já tinha a certeza antes: Harry Potter é a melhor saga alguma vez feita.

Adorei cada um dos filmes, mas o último é definitivamente especial. Talvez o facto de ser todo o desfecho, de ser o momento da revelação de todos os segredos, contribua para ser tão memorável. Não sei. A única coisa que sei é que é um daqueles filmes em que só respiramos no último segundo, após termos prendido a respiração a cada acontecimento. Foi brilhante. Horrível, no melhor significado da palavra.

Se acham que Harry Potter é demasiada fantasia e dizem que não gostam sem terem visto – como eu fazia -, sentem-se ao computador ou no sofá e usufruam de cada um dos filmes. No final do primeiro, a vossa opinião já vai ter mudado; no penúltimo, (spoiler alert!) vão chorar a morte do Dobby; no último, vão festejar o beijo da Hermione e do Ron e vão chorar a morte do Snape. E, no fim, vão perceber que a melhor decisão da vossa vida foi terem decidido dar o benefício da dúvida e começar a ver Harry Potter.

“After all this time?”

“Always.”