Sei que não existem muitas pessoas no mundo que consigam entender aqueles que são fãs a sério de alguma coisa - quer seja de um cantor, de uma banda, de um ator, de um clube de futebol ou de outro desporto qualquer, muito menos, de uma série. Mas aqui estou, prestes a falar sobre uma série, prestes a enfrentar a opinião da sociedade sobre alguém que está de coração partido porque acabou de ver um último episódio de uma série, episódio esse que anda a adiar à meses e meses por medo. Mas hoje ganhei coragem. Carreguei no episódio e enchi o peito de ar, pronta para começar a ver. E chorei. Sabia que ia chorar. Sabia que ia custar. Sabia que não queria dizer adeus a personagens que me acompanham à seis anos. Mas lá teve de ser.
O Glee é a história de um professor que nunca conseguiu alcançar os seus sonhos, mas que quer que os seus alunos tenham um final mais feliz que o seu. É a história de muitos jovens que se sentem discriminados, postos de parte, gozados por serem diferentes e por sonharem em grande, por quererem ser pessoas que se destacarão no seu futuro. É a história de jovens com grandes sonhos que são guiados por um professor que lhes quer mostrar que dentro das quatro paredes da sala do coro todos eles são iguais e todos eles podem atingir os seus sonhos. É a história desses mesmos jovens que cresceram a lutar pelos seus sonhos e que os conseguiram alcançar. Glee é uma lição de vida para todos os espetadores. Glee é a transmissão de algumas mensagens muito importantes:
1ª: "Fazer parte de algo especial, torna-te também especial".
2ª: Devemos correr atrás dos nossos sonhos, acreditar e lutar por eles, porque quando há trabalho, esforço e dedicação, podemos chegar onde quisermos.
3ª: Somos todos iguais. Não importa se somos o quarterback popular da equipa de futebol americano, se somos a lider da claque, se somos o patinho feio, o miúdo gay e tímido de roupas estranhas, a asiática que se finge de gaga, o mauzão que trata mal os nerds ou o miúdo de cadeira de rodas. No fim do dia, temos todos um coração a bater no nosso peito e todos temos sonhos.
Há tantas mais mensagens que podia enumerar aqui. Como, por exemplo, a amizade verdadeira, a partilha, o companheirismo, o espirito de equipa... Mas aí iria estragar o mistério todo. Gostava que este texto instigasse alguém a sentar-se em frente ao computador e procurar pela série. Gostava que alguém se pudesse inspirar com aquelas personagens, tal como eu me inspirei. E aqui ficarei, à espera que os que forem procurar se denunciem ou aqueles que me compreendem o façam também.
Percebo perfeitamente. Sou obcecada (o pior é que acho que sou mesmo) pela série Pretty Little Liars e tenho aquela sensação de até querer que acabe para ficar a saber tudo mas por outro lado há aquela nostalgia.
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