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Feridas


Todos nos lembramos de todas aquelas vezes que, em crianças, caímos e esfolámos os joelhos e as mãos. Chorávamos até que parasse de sangrar, mas depois lá nos lembrávamos que ainda doía ou ardia e voltávamos a chorar. Contudo, uns dias depois, era só mais uma ferida sarada e já podíamos voltar a cair e a esfolarmo-nos todos porque, eventualmente, ia passar.


E hoje? Hoje, as feridas não saram com tanta facilidade e, geralmente, são sempre muito mais profundas que isso, sendo que algumas nem se quer são visíveis a olho nu. Algumas das feridas mais profundas estão dentro de nós, cravadas nas nossas entranhas, na nossa memória, no nosso coração. E essas, geralmente, não saram – ou, pelo menos, não com tanta facilidade. Elas vão permanecer connosco para nos lembrar dos erros que cometemos ou dos erros que os outros cometeram connosco. E mesmo que o tempo passe e, eventualmente, a ferida fique menos evidente, a cicatriz vai permanecer lá, para doer sempre que o tempo estiver mais frio ou chuvoso. 

Comentários

  1. É verdade, quem me dera voltar ao tempo onde todas as feridas era curadas com o beijo da mãe e que passado alguns dias já nem doiam. Quem me dera que tudo o que passamos hoje enquanto adolescentes e adultos fosse tão fácil como quando eramos crianças.
    Não diria melhor.. Muito bom o texto.

    Beijo,
    girlyworld4girls.blogspot.pt

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    Respostas
    1. Muito obrigada!

      Já estou a seguir o teu blog! :) Beijinho

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