Sempre odiei pessoas incoerentes, porque normalmente são assim por não terem argumentos e quererem à força toda ter razão. Ora bem, esta sexta-feira pude comprovar esta minha teoria no meio de uma discussão, na aula de Português, sobre o casamento entre homossexuais.
Como é óbvio, há sempre pessoas a favor, como é o meu caso, e contra, como constatei ser a grande parte da população masculina da minha turma, e tudo o que podemos fazer é respeitar ambas as opiniões. Contudo, eu acho que se temos uma opinião, devemos ter argumentos válidos para a fundamentar - mas isto sou eu, lá nas profundezas das minhas teorias... Todas as pessoas a favor, grupo no qual eu estava incluido, parecia ter argumentos válidos (e que sairam quase instantaneamente) não só a favor do casamento homossexual como a favor da homossexualidade, em geral. Contudo, os argumentos da parte contrária eram ligeiramente mais fracos (não acho correto, não gosto de gays). Ia-me saltando a tampa, posso mesmo afirmar isso sem qualquer reserva, Acho a homofobia algo completamente deplorável e então aquele tipo de argumentos estava a dar cabo de mim. Mas controlei-me. Ouvia as opiniões e tentava não comentar, mas cá por dentro cada vez me corroía mais.
É que, às tantas, já se dizia que o problema era só com individuos homossexuais do sexo masculino e que era porque não podiam constituir familia... Desde quando é que isso é justificação ou verdade? Há que ser coerentes, meus caros, e se não se gosta de gays, não depende se são dois homens ou duas mulheres! Isso é baboseira saida de alguém que não tem argumentos e que, como comecei por dizer no inicio deste texto, quer à força toda ter razão, sobretudo, ao usar argumentos como o de não poderem constituir familia. Para informação de todas as alminhas deste mundo que pensam desta forma, dois homossexuais podem recorrer a fecundação in vitro, podem adotar, podem arranjar uma barriga de aluguer... Bem como um casal heterossexual pode decidir não querer constituir familia, ter filhos. Isso é uma decisão que não depende, em nada, nem do casamento nem da orientação sexual de cada um.
Por isso, deixo uma dica a todos os "chicos-espertos" que querem dar uma opinião mas que não sabem fundamentá-la ou serem coerentes: informem-se antes de falarem e procurem formar uma opinião com pés e cabeça, para depois não fazerem figura de ursos ao defendê-la.
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